Um dia desses eu estava lembrando de uma aula de Hitória Antiga que tive no 1° ano de Licenciatura em História, curso do qual eu acabei desistindo, mas pretendo prestar novo vestibular na metade deste ano e desta vez concluir, rrssss. A aula era sobre a 1° Guerra Médica, mais precisamente sobre a batalha que foi travada na planície de Marathon (antiga cidade grega). Consta que no ano de 490 a.C., quando os soldados atenienses partiram para a planície para combater os persas, suas mulheres ficaram anciosas pelo resultado porque os inimigos haviam jurado que depois da batalha marchariam sobre Atenas, violariam suas mulheres e sacrificariam seus filhos. Sabendo da ameaça, os gregos deram ordens às suas esposas para que, se não recebessem a notícia de sua vitória em 24 horas, matassem seus filhos e em seguida se suicidassem.
Os gregos venceram a batalha, porém demoraram mais do que previam, então temeram que suas mulheres executassem o plano. Para evitar que isso acontecesse, o general grego Milcíades ordenou ao seu melhor corredor, o soldado e atleta Fitípedes (Fidípedes, como querem alguns) que corresse até Atenas, situada a cerca de 42 km dali para levar a notícia. Fitípedes correu o mais rápido que pôde e quando chegou conseguiu apenas dizer: "vencemos" e caiu morto por causa do esforço.
No entanto o Historiador grego Heródoto conta que, na realidade, Fitípedes havia sido enviado antes da batalha à Esparta e à outras cidades gregas para pedir ajuda e que, para isso teve que correr 240 km em dois dias, voltando à batalha com os reforços necessários para vencer os persas.
Em 1896, durante os primeiros Jogos Olímpicos, o lendário soldado grego foi homenageado com a criação da prova com um trajeto de 40 km. Quase 30 anos depois, em 1924, é que foi fixado como percurso oficial a distância de 42.195 m, a distância real que separa as cidades de Maratona e Atenas.
Esta aula, que foi ministrada pelo Professor Oziel do Prado Tavares, que foi um excelente professor, diga-se de passagem, ficou gravada em minha memória e agora achei que deveria publicá-la aqui, afinal, tenho certeza que muitos não conhecem esta história.
Outro dia, lendo uma matéria sobre caminhada, na Revista Runner's World (edição de março/2010), encontrei uma frase muito interessante sobre o assunto: "O título de maratonista foi dado, desde o início, àqueles que completavam a distância por seu próprio esforço, fosse correndo, fosse andando, fosse engatinhando. Quando cruzar a linha de chegada, faz parte de um grupo de elite. Não deixe ninguém tirar esse grande feito de você" (Jeff Galloway - norte-americano que afirma que já correu mais de 100 maratonas e autor do livro Manual de Corrida).
Esta frase de Galloway traduz exatamente o que eu pensei quando ouvi pela primeira vez a história da batalha de Maratona, pois é tão importante chegar em 1° lugar, quanto é importante concluir a prova, afinal a missão é chegar ao destino.
Espero que tenha gostado da história e que ela te inspire a começar logo a correr ou que te inspire a continuar correndo cada vez mais. Não tenha medo nem vergonha de começar aos poucos, com distâncias curtas, porque é assim mesmo, devemos começar de vagar e não querendo se sobrecarregar de exercícios, pois isso pode acabar te lesionando ou até mesmo te fazendo desistir logo no começo. Certa vez ouvi de um amigo aqui de Paranaguá, que também corre e se chama Takayuki Nakayama a seguinte frase (provavelmente não seja de sua autoria, mas foi dele que eu a ouvi): "Não importa o tamanho da sua viagem, o mais importante é você dar o primeiro passo".
Então vamos lá! Anime-se e comece logo a treinar. Você verá que é muito bom em vários aspectos, vai se sentir mais disposto(a), fará novas amizades...
Nenhum comentário:
Postar um comentário